A ação movida por Margherita Agnelli de Pahlen, filha do falecido patriarca da Fiat Gianni Agnelli, contra três dos mais próximos conselheiros de seu pai, tem causado tensões na família, reporta o Wall Street Journal.
Na ação, a Sra. Agnelli de Pahlen pede uma melhor contabilização dos bens do pai, que tem um valor estimado entre US $ 3 bilhões e US $ 5 bilhões. Ela alega que os conselheiros não forneceram uma contabilidade completa.
As relações entre Agnelli de Pahlen e seu filho, John Elkann, o sucessor de Gianni Agnelli "foram severamente afectadas pela ação", diz o artigo do jornal.
O processo deixou a família exposta de uma maneira nunca vista antes pelo público. Alguns dizem que a disputa tenha removido o nome Agnelli do seu pedestal e que essa exposição seria impensável alguns anos atrás. "É uma demonstração que a dinastia chegou ao fim", disse Giorgio Airaudo, um representante do sindicato dos trabalhadores da fábrica da Fiat. "No passado, você não teria sequer conhecimento sobre estes problemas. Eles teriam sido resolvidos nos bastidores."
A ação de Pahlen alertou o fisco italiano que abriu um inquérito para averiguar o tamanho real da herança de Agnelli, e com isso, detalhes sobre a riqueza da família têm aparecido na mídia local.
Sr. Elkann, 33 anos, nomeado vice-presidente da Fiat SpA, em 2004, tenta afirmar-se como o rosto da nova geração dos Agnelli que visam manter seus negócios separados das questões de familiares. Analistas afirmam que o julgamento está atrapalhando as tentativas do Sr. Elkann de reformar significativamente a governança da empresa.

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